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Introdução
“Quando tirares este povo do Egito”, disse D'us a Moshê quando Se revelou a ele numa sarça ardente ao pé do Monte Sinai, “servirás a D'us nesta montanha.”
Demorou sete semanas para chegar à montanha. O povo de Israel partiu do Egito em 15 de Nissan (o primeiro dia de Pêssach); em 6 de Sivan, celebrado desde então como a Festa de Shavuot, eles se reuniram ao pé do Monte Sinai e receberam a Torá de D'us.
Os cabalistas explicam que os 49 dias que conectam Pêssach com Shavuot correspondem aos 49 anseios e traços do coração humano. Cada dia viu o refinamento de uma dessas sefirot, levando o povo de Israel um passo mais perto de sua eleição como povo escolhido de D'us e ao recebimento de Sua comunicação à humanidade.
Todo ano, retraçamos essa jornada interior com nossa “Contagem do Ômer”. Começando na segunda noite de Pêssach, contamos os dias e semanas: “Hoje é dia um do Ômer”; “Hoje é dia dois do Ômer”; Hoje é dia sete, uma semana do Ômer”; e assim por diante, até “Hoje são quarenta e nove dias, que são sete semanas do Ômer.”
Shavuot, a “Festa das Semanas”, é o produto dessa contagem, impulsionada pelos milagres e revelações do Êxodo mas atingida por um processo metódico com 49 etapas, de auto-refinamento dentro da alma humana.
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"Ladaat baáretz darkêcha bechol goyim ieshuatêcha".
Para tornar conhecido Teu caminho na terra, entre todos os povos Tua salvação.
(Tehilim 67:3)
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Uma vez que Sefirat HaOmer inclui sete midot (qualidades), que devem todas ser corrigidas de modo que todas sejam para o Criador, há uma regra geral em que cada qualidade é incluída em todas as qualidades, então segue-se que existem sete vezes sete, 49 dias até a recepção da Torá. Pois o Omer é de cevada (Seorim), ou seja, vem das medições (Sha’arim, níveis) pelas quais ele coloca a grandeza do Criador em seu coração, e naquele grau a Luz do Criador habita numa pessoa.
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E isto se chama o aspecto da emuná (fé). E quando a pessoa merece a fé no Criador, isto é chamado de nível da besta (nível animal). E esta é a ideia de que o Omer era de cevada, que é uma alimentação animal, ou seja, que ainda não mereceu o conhecimento da Torá.
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Sendo assim, em Shavuot, quando nós merecemos receber a Torá, nós recebemos o conhecimento da Torá, de modo que sacrificamos a oferenda de trigo, que é comida humana, que é o nível falante, o nível da Torá.
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Nós reunimos feixes (de cevada), que é o aspecto do mudo, ou seja, quando ele é só animal e não falante. Pois somente através da Torá nós merecemos o aspecto falante”.
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(Trecho da Carta do Rabash (Rav Baruch Shalom HaLevi Ashlag Zt'l): O trabalho essencial da pessoa é conectar-se com o Criador.
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Fonte: pt.chabad.org - Luz da Cabalá